sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Iberescena - Processo Seletivo Especial para Compositores e Coreógrafos até 06/09


O programa de apoio às artes "Fundo de Ajuda para as Artes Cênicas Ibero-americanas - IBERESCENA" e o "Programa de Fomento das Músicas Ibero-americanas - IBERMÚSICAS" lançaram processo seletivo especial para projetos de criação e composição coreográfica musical. 

Representados no Brasil pela FUNARTE, os programas vão contemplar iniciativas que apresentem processos de escrita coreográfica e composição de músicas. As obras devem ser criadas e produzidas em parceria entre compositores e coreógrafos. 

O prazo de inscrição termina em 06 de setembro.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Setores culturais reagem ao uso da lei Rouanet na moda

Notícia de 28/08/2013 - 03h08 - Trascrita da Folha de São Paulo

JULIANA GRAGNANI DE SÃO PAULO
PEDRO DINIZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O uso da Lei Rouanet em benefício de desfiles de moda, liberado pelo Ministério da Cultura na semana passada, causou as primeiras reações de setores culturais.
Entidades do teatro devem enviar nesta semana um ofício à ministra Marta Suplicy. O documento critica a autorização para que os estilistas Pedro Lourenço, 23, Alexandre Herchcovitch, 42, e Ronaldo Fraga, 46, tentem captar mais de R$ 7 milhões via Rouanet --que é um mecanismo de fomento à cultura por meio de renúncia fiscal.

Cursos e doações são a contrapartida dos novos projetos de moda na Lei Rouanet
No texto, a APTI (Associação de Produtores Teatrais Independentes) e a Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro pedem uma reunião com a ministra.

Presidente da APTI, o ator e diretor Odilon Wagner afirma que não vê problemas na inclusão da moda na Lei Rouanet, desde que o benefício vá para a parte criativa dos artistas do setor e não para a "promoção" de suas obras por meio de desfiles.

"É muito comum outras áreas quererem entrar na calha da lei. Sofremos uma concorrência muito desleal", diz.


A decisão de aprovar os projetos de moda foi tomada por Marta depois de a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, que decide quem pode captar via Lei Rouanet, ter indeferido o pedido de incentivo para dois desfiles de Pedro Lourenço na semana de moda de Paris, em outubro deste ano e março de 2014.

"Os desfiles têm publicidade espontânea enorme, e os empresários poderão aplicar seu dinheiro nisso. O teatro não tem como fazer merchandising nos espetáculos", diz Eduardo Barata, presidente da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro.

Os projetos de Fraga e Herchcovitch nem sequer foram votados pela comissão:foram aprovados em caráter de urgência por Marta. Segundo a ministra, os desfiles fortalecerão a imagem do país no exterior.

DISCUSSÃO CORPORATIVA

O diretor do Museu da Cidade de São Paulo, Afonso Luz, que integrou a secretaria de Políticas Culturais e hoje é um dos responsáveis por intermediar a relação entre nomes da moda e o ministério, critica a ideia comum de que o setor seja elitista.

"Se alguém pede [o incentivo], é porque precisa. Essa discussão é mais corporativa. Ser reconhecido como setor cultural e não usufruir dos benefícios públicos disponíveis é como não ter cidadania. Moda não se resume à indústria do luxo", diz.

"O problema é que, na hora de dividir o bolo [da Lei Rouanet], ninguém quer compartilhar", afirma o estilista Ronaldo Fraga. Para ele, "a moda precisa de incentivo fiscal", e o Ministério da Fazenda e o do Desenvolvimento deveriam abrir as portas para os estilistas.

"Mas, se o primeiro passo veio do Ministério da Cultura, ótimo, qual é o problema? A lei não vai resolver o problema da indústria, porque ela já está perdida", diz Fraga.

A Lei Rouanet já foi centro de outras polêmicas. Em 2006, a companhia canadense Cirque du Soleil foi autorizada a captar R$ 9,4 milhões, apesar do valor alto de seus ingressos. Em 2011, a cantora Maria Bethânia obteve autorização para captar R$ 1,3 milhão para fazer um blog. Alvo de críticas nas redes sociais, desistiu do projeto.

Durante os debates sobre o projeto de Lourenço na Cnic, a associação teatral já havia enviado uma carta à comissão, que dizia que os desfiles "provocariam distorções imediatas e uma insuperável assimetria concorrencial com os segmentos culturais na disputa por verbas".

Em 2012, o setor teatral captou cerca de R$ 252 milhões pela lei de incentivo fiscal, representando quase 20% do total distribuído por meio da Rouanet.

A moda, por sua vez, captou R$ 168 mil, ou 0,01% do total (veja quadro ao lado).
Embora não haja políticas públicas específicas para o setor da moda, o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior faz investimentos na área por meio do Texbrasil (Programa de Exportação da Indústria da Moda Brasileira).

Até agora, R$ 125 milhões foram investidos em ações para a moda, como o financiamento de desfiles de marcas brasileiras no exterior. Parte dos recursos sai de investimentos privados.

Fonte:

Edital SEDAC - FAC RS – 04 Milhões para a Cultura

Esse edital é para artistas de todas as querências do nosso Rio Grande:




Inscrições Abertas para Edital do FAC

O Edital SEDAC nº 11/2013 - Desenvolvimento da Economia da Cultura para Sociedade Civil é o primeiro lançado de um conjunto de 7 editais que totalizam 10 milhões de reais previstos para 2013.

O valor total disponível para financiamento a projetos culturais para este Edital é de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), aumentando o valor com relação ao edital do ano anterior (Edital SEDAC nº02/2012 de R$ 3.3 mi).

A orientação do edital por finalidades do processo criativo amplia as possibilidades de concepção dos projetos, estimulando a transversalidade entre áreas e segmentos culturais e reforçando o conceito de Economia da Cultura.

Finalidades:

Apoio à Produção e Inovação;
Apoio ao Registro e à Memória;
Apoio à Circulação;
Apoio à Programação Continuada em Espaços Culturais e
Apoio à Indicadores, Pesquisa e Capacitação.

Veja quais são as finalidades e confira no edital os objetivos específicos de cada uma delas: http://www.procultura.rs.gov.br/uploads/1376147015edital_dec.pdf

Link para acessar o Edital SEDAC nº 11/2013 - Desenvolvimento da Economia da Cultura para Sociedade Civil: 

O período de inscrições inicia hoje, dia 27/08 e vai até o dia 10 de outubro. 
Participe! 


II Encontro de Contadores de Histórias em Gravataí - RS

Boa notícia para Contadores de Histórias:




Acontece nos dias 12 e 13 de Setembro, o II Encontro de Contadores de Histórias Ao Pé do Ouvido no Teatro do Sesc de Gravataí. O evento visa contribuir para a formação e qualificação de profissionais da área da educação, contadores de histórias, artistas, estudantes e demais interessados.
Através de oficinas de contação de histórias e bate-papos com os convidados, o encontro abordará o tema “Contar histórias com ARTE”, a fim de promover de forma significativa a reflexão sobre a importância de contar histórias. Por seu viés artístico e potencialidade de formação de público, o evento se insere, também, na proposta de contribuir para o desenvolvimento cultural do Município de Gravataí.
Idealização e Coordenação: Rosane Castro.
Realização: Cena Produções Artísticas e SESC Gravataí.

As inscrições são gratuitas. É só enviar email  para o endereço historiasaopedoouvido@gmail.com  e solicitar a ficha de inscrição.

Confira a programação completa do II Encontro de Contadores de Histórias Ao Pé do Ouvido:




Maiores informações: http://www.encontroaopedoouvido.blogspot.com.br/ 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

IEACEN convida classe artística do RS para reunião dia 09 de Setembro




O Instituto Estadual das Artes Cênicas do RS convida artistas, técnicos e produtores para participar da reunião à se realizar no dia 09 de setembro, às 09 horas, na sala C2 da Casa de Cultura Mario Quintana.
A pauta é a participação social na gestão compartilhada das políticas culturais para a cultura, através dos colegiados setoriais.

A reunião será dividida em dois momentos. No primeiro, será apresentado a estrutura do Sistema Estadual de Cultura e a função dos colegiados setoriais como mecanismo de participação social, com espaço para questionamentos e debate sobre o tema.
No segundo momento, os colegiados setoriais de circo, dança e teatro se reunirão com seus pares, para deliberar sobre eleição dos novos delegados, à ocorrer em data que será definida nesta reunião.

O IEACen está promovendo ações que tem como um dos principais objetivos fomentar a participação da comunidade artística na gestão das políticas públicas voltada para as artes cênicas. Esse movimento é parte de uma novo modelo de gestão da cultura, e é para abordar este tema que estamos fazendo estas reuniões.

Primeiro, é importante considerar que o histórico da gestão pública na área da cultura é de descontinuidade, ficando esta dependendo da boa vontade do gestor. Em síntese, vamos resumir a importância deste momento, e da participação da sociedade civil em dois pontos:

  • Primeiro, o Sistema de Cultura consolida uma política cultural de Estado, e não de governo, ou seja, os futuros gestores terão que seguir as diretrizes apontadas pelos planos de cultura – e o plano setorial das artes cênicas será criado neste segundo semestre.
  • Segundo, a gestão deste Sistema de Cultura é feita de forma compartilhada entre o Poder Público e a sociedade civil. Com isso, os agentes culturais, artistas, e a sociedade como um todo, tem espaços institucionalizados para a participação, atuando como instâncias de consulta, participação e controle social das ações promovidas pelos órgãos do governo.

Fizemos então, mais um vez, um convocação para que a comunidade participe das reuniões e esteja mais próximo do Instituto, para esta gestão compartilhada das políticas culturais para as artes cênicas.

Fonte:
http://ieacen.wordpress.com/

Maiores informações:
IEACen: Casa de Cultura Mário Quintana - rua dos Andradas, 736/2º andar/sala 11 - Porto Alegre
Fone: (51) 3221 2253
E-mail: ieacen.rs@gmail.com

Edital aberto: Prêmio Funarte Artes na Rua (circo, dança e teatro)




A Fundação Nacional de Artes lançou o Prêmio Funarte Artes na Rua (circo, dança e teatro) 2013.

Ao todo, serão contemplados 70 projetos nas seguintes modalidades:

  • Montagem ou circulação de espetáculos de rua;
  • Performances cênicas ou intervenções na rua;
  • Registro e memória de grupos e suas atividades.

O investimento total é de R$ 3 milhões e as premiações variam entre R$ 32,7 mil e R$ 60 mil.

Através deste programa, a Funarte pretende fomentar atividades que busquem, nas apresentações de rua, um novo significado para o espaço público.
Podem se inscrever e concorrer ao Prêmio pessoas físicas ou jurídicas com ou sem fins lucrativos, de natureza cultural.
Somente serão aceitas inscrições de projetos enviadas pelo correio (Sedex ou carta registrada).
As inscrições estão abertas até o dia 10 de outubro.

Edital e formulário de inscrição no link: http://www.funarte.gov.br/edital/premio-funarte-artes-na-rua-circo-danca-e-teatro-2013/


Fonte:
Coordenação de Dança | CEACEN
FUNARTE - MINC
(21) 2279-8014/ 2262-3006
www.funarte.gov.br

domingo, 25 de agosto de 2013

POA - Workshop Gratuito - "E o palhaço o que é?”, com Esio Magalhães - IMPERDÍVEL!!!



PROMOÇÃO SATED/RS
A proposta da oficina é entrar no universo do palhaço, através do prazer e do risco do jogo até chegarmos ao nariz vermelho, a menor máscara do mundo.

O universo do palhaço será abordado com foco na relação Branco-Augusto e no seu encontro com o público. É um trabalho prático no qual, através de exercícios, jogos e demonstrações o tema será tratado de forma vivencial, propondo aos participantes que entrem em contato com o seu ridículo através da relação com o desejo e o poder.

ESIO MAGALHÃES é ator, diretor e palhaço. Formou-se na Escola de Arte Dramática EAD/ECA/USP e fez cursos de clown, dança moderna, mímica, dramaturgia específica para teatro de rua, teatro de rua e técnicas circenses. Fez curso de teatro popular com Antônio Nóbrega, máscara e Commedia dellÁrte com Tiche Vianna. Foi integrante do grupo de atores dos Doutores da Alegria, organização que leva a arte do palhaço para hospitais. Em 2004, participou da XII SESSÃO DA UNIVERSIDADE DO TEATRO EURASIANO – encontro internacional de pesquisadores de teatro de diversos países do mundo, sob coordenação de Eugênio Barba, Caulonia/Calábria – Itália, representando o Brasil e atuou com o palhaço Lerris Colombaioni, no espetáculo Um giro nelcielo e no Circo Ercolino, na Itália. É produtor e coordenador financeiro do Barracão Teatro –espaço de investigação e criação teatral que fundou ao lado de Tiche Vianna, em 1998. Tem apresentado os espetáculos do repertório do Barracão Teatro: O Pintor, Circo do Só Eu, Amor Te Espero, Diário Baldio, A Julieta e o Romeu, com o qual concorreu ao Prêmio SHELL 2007, na categoria de Melhor Ator, Encruzilhados entre a barbárie e o sonho, com o qual concorreu ao Prêmio SHELL 2008 na categoria de Melhor Ator e WWW para FREEDOM, indicado ao prêmio de Melhor Ator pela APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte, cuja votação acontece em dezembro. Ministra cursos de formação nas linguagens de máscara, palhaço e teatro de rua.

SERVIÇO:
Quando: dias 23, 24 e 25/09: das 9h às 12h e das 13h às 16h e dia 26/09: das 9h às 11h.
Onde: Casa de Cultura Mário Quintana, sala C2.
Inscrições: de 26 de agosto à 11 de setembro. Enviar carta de intenção e currículo de uma página para registro@satedrs.org.br
São 20 vagas e a oficina é gratuita, com prioridade para sócios do SATED/RS em dia, sócios e não sócios.

Realização:
- FUNARTE - Fundação Nacional de Artes 
- Ministério da Cultura 
- Governo Federal - BRASIL - PAÍS RICO E PAÍS SEM POBREZA

Apoio:
- IEACEN - Instituto Estadual de Artes Cênicas do RS
- CCMQ - Casa de Cultura Mário Quintana 
- Hotel Açores

Promoção:
SATED/RS 
Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos de Diversões do Rio grande do Sul
Tel. (51) 3226-1921
www.satedrs.org.br

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Primeiro Curso Superior de Dança de Santa Catarina




Notícia para bailarinos de Santa Catarina:

Udesc Joinville vai contar com primeiro curso superior de Dança do Estado
Anúncio oficial será realizado nesta quinta à tarde.

Durante reunião do colegiado na segunda-feira, 19, o governador Raimundo Colombo confirmou a implantação do primeiro curso superior de Dança do Estado, que será oferecido pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Joinville.

Segundo a secretária de Desenvolvimento Regional de Joinville, Simone Schramm, o município foi escolhido para receber o curso por ser sede da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, além de realizar anualmente o maior festival de dança do mundo: "O curso será realizado em parceria com o Bolshoi e isso fará dele uma iniciativa única no País", afirmou a secretária.

Para o reitor da Udesc, Antonio Heronaldo de Sousa, o curso de Dança representará uma conquista importante para a instituição: "Trata-se de um projeto que já tramita há muitos anos e a sua importância aumenta por se tratar da formação de professores na área de Dança numa cidade que vive esta arte tão intensamente", comemorou o reitor.

Nesta quinta-feira, 22, às 17h30, o secretário de Estado de Educação, Eduardo Deschamps, estará na Udesc Joinville para fazer o anúncio oficial da implantação do curso.



Doces Anjos Violeta - Eliane Fetzer Centro de Dança

Sobre o projeto

O projeto do curso superior de Dança começou a ser elaborado em 2008 pelo Centro de Artes (Ceart), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Florianópolis, para oferecer uma formação acadêmica em licenciatura e suprir a carência que existe hoje na área de ensino.

"Os alunos formados estarão aptos a atuar no ensino fundamental e médio, em academias, espaços culturais e tantas outras áreas artísticas em que o aperfeiçoamento em dança se faz necessário", disse a professora da Udesc Ceart Sandra Meyer, responsável pela elaboração do projeto.

O curso deverá ser implementado junto à Escola Livre de Artes (ELA), da Udesc Joinville, mas adotará os mesmos padrões das demais graduações da universidade e não de outros cursos da escola, que caracterizam-se pela curta duração e por não ter faixas etárias definidas.

O ingresso será semestral e haverá turmas regulares, estabelecendo-se assim um curso permanente da instituição, público e gratuito. Serão oferecidas 40 vagas e a seleção ocorrerá via vestibular, com provas teórica e prática.


Viabilização

Para viabilização do projeto, a Udesc Joinville solicitou à Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) e ao Governo do Estado a doação de toda a área que abriga a Escola Germano Timm, além da antiga sede que já foi cedida à universidade para o funcionamento da ELA.

A necessidade da área justifica-se em virtude da ampla gama de atividades culturais e de ensino que serão desenvolvidas por meio do curso. A Udesc realizará o restauro e a adaptação dos espaços, transformando-os em um grande centro cultural e de dança.

Além de espaço adequado, o projeto também necessita da ampliação do repasse orçamentário à universidade, equivalente a um acréscimo de 0,42% no valor recebido, passando o seu percentual de 2,49% para 2,53%. Conforme o diretor da Udesc Joinville, Leandro Zvirtes, esse recurso é fundamental para execução de qualquer projeto de criação de um curso de nível superior.

"Desde o começo, coloquei a necessidade de três pontos-chaves para viabilizarmos este curso: a realização de uma parceria com o Ceart, principalmente com a participação da professora Sandra Meyer, uma autoridade no assunto; a doação de toda a área do Germano Timm para a Udesc, para transformarmos aquele espaço num grande centro cultural e principalmente que houvesse o aumento de repasse orçamentário para a Udesc", declarou Zvirtes.

"Com o aval do governo para doação do espaço, a viabilização do aumento do repasse e a parceria com o Ceart já realizada, todas as condições para viabilização do curso se efetivaram", acrescentou.

O investimento inicial para o restauro do colégio Germano Timm é de aproximadamente R$ 2,5 milhões. O projeto encontra-se finalizado e já aprovado nos órgãos competentes. Os recursos virão do Pacto pela Educação do Governo do Estado. A Udesc Joinville aguarda a viabilização final dos recursos para lançamento do edital de concorrência.

Assessoria de Imprensa da Udesc Joinville
Jornalista Isabela Vargas
E-mail: comunicacao.cct@udesc.br
Telefone: (47) 4009-7930

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Recomendo no RJ: 05 anos de Questão de Crítica

Pra quem estiver no RJ essa semana, fica a dica:


Sobre Questão de Crítica:
A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Com edições mensais e atualização constante, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

A revista foi idealizada pela  pesquisadora, tradutora e crítica de teatro Daniele Avila juntamente com teórica do teatro e crítica Dinah Cesare e tem entre seus colaboradores  o escritor e roteirista Humberto Giancristofaro.



Oportunidade: SELEÇÃO PARA PROFESSOR SUBSTITUTO EM HISTÓRIA E TEORIA DO TEATRO, UFPel (PELOTAS/RS)



A titulação exigida é: Graduação (bacharelado ou licenciatura) na área de Artes Cênicas ou Teatro e Mestrado em campos do conhecimento compreendidos nas macro-áreas do CNPq em Linguística, Letras e Artes e das Ciências Humanas/Humanidades.
As inscrições vão do dia 19/8 ao dia 28/8.
Por favor ajudem a divulgar!

Link para o edital:

Pesquisa: Sobre o método das ações físicas - Jerzy Grotowski

"Esse texto merece um estudo detalhado. Poderia ficar na mesa de cabeceira de nós atores. Sublinhei informações que considero "chaves" para o entendimento."


Os atores pensavam poder organizar seu papel através das emoções e Stanislavski por muitos anos de sua vida pensou assim, de maneira emotiva. O velho Stanislavski descobriu verdades fundamentais e uma delas, essencial para o seu trabalho, é a de que a emoção é independente da vontade. Podemos tomar muitos exemplos da vida cotidiana. Não quero estar irritado com determinada situação mas estou. Quero amar uma pessoa mas não posso amá-la, me apaixono por uma pessoa contra a minha vontade, procuro a alegria e não acho, estou triste, não quero estar triste, mas estou. O que quer dizer tudo isso? Que as emoções são independentes da nossa vontade. Agora, podemos achar toda a força, toda a riqueza de emoções de um momento, também durante um ensaio, mas no dia seguinte isto não se apresenta porque as emoções são independentes da vontade. 





Esta é uma coisa realmente fundamental. Ao contrário, o que é que depende da nossa vontade? São as pequenas ações, pequenas nos elementos de comportamento, mas realmente as pequenas coisas - eu penso no canto dos olhos, a mão tem um certo ritmo, vejo minha mão com meus olhos, do lado dos meus olhos quando falo minha mão faz um certo ritmo, procuro concentrar-me e não olhar para o grande movimento de leques (referência às pessoas se abanando no auditório) e num certo ponto olho para certos rostos, isto é uma ação. Quando disse olho, identifico uma pessoa, não para vocês, mas para mim mesmo, porque eu a estou observando e me perguntando onde já a encontrei. Vejam a posição da cabeça e da mão mudou, porque fazemos sempre uma projeção da imagem no espaço; primeiro esta pessoa aqui, onde a encontrei, em qualquer lugar a encontrei, qualquer parte do espaço e agora capto o olhar de um outro que está interessado e entende que tudo isso são ações, são as pequenas ações que Stanislavski chamou de físicas. Para evitar a confusão com sentimento, deve ser formulável nas categorias físicas, para ser operativo. É nesse sentido que Stanislavski falou de ações físicas. Se pode dizer física justamente por indicar objetividade, quer dizer, que não é sugestivo, mas que se pode captar do exterior.

O que é preciso compreender logo, é o que não são ações físicas. As atividades não são ações físicas. As atividades no sentido de limpar o chão, lavar os pratos, fumar cachimbo, não são ações físicas, são atividades. Pessoas que pensam trabalhar sobre o método das ações físicas fazem sempre esta confusão.
Muito freqüentemente o diretor que diz trabalhar segundo as ações físicas manda lavar pratos e o chão. Mas a atividade pode se transformar em ação física. Por exemplo, se vocês me colocarem uma pergunta muito embaraçosa, que é quase sempre a regra, eu tenho que ganhar tempo. Começo então a preparar meu cachimbo de maneira muito "sólida". Neste momento vira ação física, porque isto me serve neste momento. Estou realmente muito ocupado em preparar o cachimbo, acender o fogo, assim DEPOIS posso responder à pergunta.

Outra confusão relativa às ações físicas, a de que as ações físicas são gestos. Os atores normalmente fazem muitos gestos pensando que este é o mistério. Existem gestos profissionais - como os do padre. Sempre assim, muito sacramentais. Isto são gestos, não ações. São pessoas nas situações de vida. Pois sobretudo nas situações de tensão, que exigem resposta imediata, ou ao contrário em situações positivas, de amor, por exemplo, também aqui se exige uma resposta imediata, não se fazem gestos nessas situações, mesmo que pareçam ser gestos. O ator que representa Romeu de maneira banal fará um gesto amoroso, mas o verdadeiro Romeu vai procurar outra coisa; de fora pode dar a impressão de ser a mesma coisa, mas é completamente diferente. Através da pesquisa dessa coisa quente, existe como que uma ponte, um canal entre dois seres, que não é mais físico. Neste momento Julieta é amante ou talvez uma mãe. Também isto, de fora, dá a impressão de ser qualquer coisa de igual, parecida, mas a verdadeira reação é ação. O gesto do ator Romeu é artificial, é uma banalidade, um clichê ou simplesmente uma convenção, se representa a cara de amor assim. Vejam a mesma coisa com o cachimbo, que por si só é banal, transformando-a a partir do interior, através da intenção - nesta ponte viva, e a ação física não é mais um gesto.

O que é gesto se olharmos do exterior? Como reconhecer facilmente o gesto? O gesto é uma ação periférica do corpo, não nasce no interior do corpo, mas na periferia. Por exemplo, quando os camponeses cumprimentam as visitas, se são ainda ligados à vida tradicional, o movimento da mão começa dentro do corpo (Grotowski mostra), e os da cidade assim (mostra). Este é o gesto. Ação é alguma coisa mais, porque nasce no interior do corpo. Quase sempre o gesto encontra-se na periferia, nas "caras", nesta parte das mãos, nos pés, pois os gestos muito freqüentemente não se originam na coluna vertebral

As ações, ao contrário, estão radicadas na coluna vertebral e habitam o corpo. O gesto de amor do ator sairá daqui, mas a ação, mesmo se exteriormente parecer igual será diversa, começa ou de qualquer parte do corpo onde existe um plexo ou da coluna vertebral, aqui estará na periferia só o final da ação. É preciso compreender que há uma grande diferença entre Sintomas e Signos/Símbolos. Existem pequenos impulsos do corpo que são Sintomas. Não são realmente dependentes da vontade, pelo menos não são conscientes - por exemplo, quando alguém enrubesce, é um Sintoma, mas quando faz um Símbolo de estar nervoso, este é um Símbolo (bate com o cachimbo na mesa). Todo o Teatro Oriental é baseado sobre os Símbolos trabalhados. Muito freqüentemente na interpretação do ator estamos entre duas margens. Por exemplo, as pernas se movem quando estamos impacientes. Tudo isso está entre os Sintomas e Símbolos. Se isto é derivado e utilizado para um certo fim se transforma em uma ação.

Outra coisa é fazer a relação entre movimento e ação. O movimento, como na coreografia, não é ação física, mas cada ação física pode ser colocada em uma forma, em um ritmo, seria dizer que cada ação física, mesmo a mais simples, pode vir a ser uma estrutura, uma partícula de interpretação perfeitamente estruturada, organizada, ritmada. Do exterior, nos dois casos, estamos diante de uma coreografia. Mas no primeiro caso coreografia é somente movimento, e no segundo é o exterior de um ciclo de ações intencionais. Quer dizer que no segundo caso a coreografia é parida no fim, como a estruturação de reações na vida.


De uma palestra proferida por Grotowski no Festival de Teatro de Santo Arcangelo (Itália), em junho de 1988.


Fonte: Grupo Tempo:
http://www.grupotempo.com.br/tex_grot.html

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

In on it: completamente envolvida - Ensaio



Em época de POA em Cena vale a pena relembrar...

Assisti ao espetáculo In on it em Setembro de 2010 durante a 17ª Edição do Festival Porto Alegre em Cena. É sempre um presente ver o trabalho do Enrique Diaz, que conheço do mesmo festival de outros carnavais. Não sei dizer qual foi a primeira vez que sua direção criativa, simples e viva me pegou de jeito. Se foi em A paixão segundo G.H. que me fascinou pela PAIXÃO que tenho por Literatura, se foi em Melodrama ou, talvez, em Ensaio.Hamlet, cuja Ofélia jamais esqueço com suas dezenas de cartas, seu garrafão de vinho azul com o qual ela “se afogava” e um Hamlet de All Star vermelho, número 34 (porque pra mim era 34!). Ou, ainda, minha surpresa ao ver o ator Fernando Eiras (LINDO!) na plateia antes de começar a peça comentando assim, que nem um vizinho de porta de apartamento: Nossa, que estranho, senti um arrepio... Sabe que eu tenho medo de Fantasma. (Tempo) Pois é, Hamlet é uma peça de fantasma... - Ele falava de um jeito tão cotidiano que eu pensei: “Putz! Ele tem razão! Nunca tinha pensado nisso, não desse jeito!” O fato é que sempre que vejo o nome Henrique Diaz no Festival, garanto o ingresso e, lá no fundo, meu sonho de consumo é ser dirigida por ele quando crescer.

Mas, voltando a In on it: Duas histórias se constroem no palco, situações propostas, trilha deliciosa de ouvir e com função no espetáculo. E mais a iluminação pontual do Maneco, outra criatura talentosa, cujo trabalho também conheci no Porto Alegre Em Cena. Uma feliz combinação de elementos e, ao mesmo tempo, um palco limpo. Teatro São Pedro sem cortinas, outro sonho de consumo.





Dois homens, duas cadeiras e um casaco. Minha primeira reação: o que não faz um casaco bem usado no teatro? Lembrei imediatamente do espetáculo Le Costume, de Peter Brook, em que uma personagem com o casaco esquecido pelo amante posto em metade do seu corpo interpretava o amante e acariciava a si mesma, de forma poética e quase maliciosa.
Os dois homens contam uma história cujo personagem principal usa o tal casaco, mas os dois homens também têm uma história. E essa história é de amor. Sim, são gays! - Isso chama a atenção da platéia, parece inusitado, mas contemporâneo. - De repente, os dois brigam porque um está usando o “casaco” do outro. Agora o casaco não é mais personagem, tem dono! Esse é apenas um exemplo da teatralidade do espetáculo que, com poucos recursos bem utilizados na hora e na medida certa, tomam vida e cumprem a função de construir a ficção. Uma chave de carro verdadeira no final e nada mais. Mas antes disso, acontece muita coisa.
O espetáculo me envolveu de tal maneira que, enquanto estava ali me deleitando com o talento, a precisão e a naturalidade dos atores Fernando Eiras (o mesmo ator de Ensaio.Hamlet) e Emílio de Mello foi como se passasse um turbilhão de coisas na minha cabeça, no meu coração e na minha alma. E confesso que me permiti tal turbilhão devido ao próprio título da peça que, segundo nota da tradutora do texto, Daniele Ávila:

A expressão “in on alguma coisa” quer dizer estar envolvido, estar por dentro, é quase um “ter culpa no cartório”, mas não chega a tanto. Pode ter uma conotação de ilegal ou, pelo menos, suspeito. Indica uma espécie de envolvimento que sugere uma responsabilidade, uma participação. A dramaturgia guarda isso, esse trunfo, até o fim: não se trata apenas de contar uma história que aconteceu com um personagem, mas de perceber o que move o outro personagem a contar essa história: ele está totalmente “in on it”. Assim, “in on it” é quase um estado, um ponto de partida e uma motivação. Difícil achar um título em português que tivesse tanta carga de significado em tão poucas letras. Fonte: http://inonit.wordpress.com/2009/04/27/nota-da-tradutora-1/

Sim, estou envolvida, motivada e tenho culpa no cartório. Vendo o espetáculo, eu pensava: é esse tipo de teatro que quero fazer, por que não estou fazendo? Ou, ainda, onde foi que eu me perdi, ou por que é tão difícil ser simples? Escutava as palavras do texto, escutava a história, via aquela dramaturgia calcada no jogo dos atores, e queria mais. E tinha mais, uma transcendência, uma coreografia divertida, um telefonema equivocado, uma fala do tipo: “vamo fudê” e outra: “Será que esse final tá bom?” Tudo muito preciso, dentro do timing, os atores ali, falando com a platéia, fumando um cigarro que chega à minhas narinas e ataca minha puta rinite. Vendo o espetáculo, eu fazia mais relações. Lembrei do Roberto Birindelli me dizendo: “Quando você conta uma história, você se relaciona com ela, ela te provoca alguma coisa. Traga essa história pra perto de você! O que, em você, tem a ver com essa história?” E pensei: “Era isso que ele estava dizendo! Era disso que ele falava”.

Durante o andamento do espetáculo, quando percebi que um dos atores que estava contando a história de um personagem que vai morrer, também morre, lembrei da Professora Maria Lucia Raymundo na aula de Interpretação Teatral do DAD (Departamento de Arte Dramática da UFRGS). Lucinha, como era chamada, nos perguntava: “Qual é o momento em que nos sentimos realmente vivos?” E, de repente, parei tudo e pensei no meu pai que morreu em um acidente de moto e percebi que nunca tinha pensado no que ele sentiu naquele momento. Tentando imaginar/sentir tal sensação, me senti mais perto dele. 

- O que será que ele sentiu?
Não consigo dizer mais nada, estou completamente envolvida.

IN ON IT

                                                                 Elisa Lucas
Porto Alegre, setembro de 2010.

domingo, 18 de agosto de 2013

Ensaio: Sobre ser atriz e produtora


Carolina Garcia e Marcelo Aquino em Encantadores de Histórias (Grupo Caixa do Elefante - Porto Alegre)


Sobre tentar ser atriz e produtora.
Reflexões sobre a profissão do artista

Meu desejo não é ser produtora, mas percebo que muito do reconhecimento que tive enquanto atriz esteve ligado aos meus esforços enquanto produtora. Você me entende?

Primeiro, tive 04 anos de treinamento intenso e aprendizagem, onde não fazia teatro em si: não apresentava peças, mas treinava todo o dia das 9h30m da manhã até 10h da noite. Treinava Lecoq, acrobacia... Lia Grotowiski, Barba, pesquisadores brasileiros; via peças, participava do Porto Alegre Em Cena como espectadora e aluna. Fazia muitas oficinas, ensaiava os trabalhos dentro do DAD (Departamento de Arte Dramática da UFRGS), escutava os professores, escrevia sobre o processo...

Passado esse período, ao me formar em Artes Cênicas, precisava, queria atuar em espetáculos, ser atriz. Então corri atrás para colocar meu monólogo Confesso que Capitu na roda. Produzia, divulgava, continuava ensaiando e não parava de aprimorar o trabalho. Também dava aula de teatro para ganhar um troco e pagar as contas. Pois nem sempre a peça rendia grana. Mas tava na roda. A partir dessa peça, muitas pessoas me convidaram para atuar em outras peças, mas não ganhava dinheiro nenhum. Então comecei a vender mais a Capitu e o Teatro Empresarial que realmente me rendiam alguma coisa.

Não deixei de ser atriz em nenhum momento, mas durante muito tempo tinha medo de virar uma produtora. Até que vi uma grande atriz, Carol Garcia, quiçá a melhor de minha geração: canta, dança, sapateia, emociona, treina, é maravilhosa, e uma pessoa incrivelmente generosa, ganhar 02 prêmios: melhor atriz e melhor produtora, pelo trabalho "Os Encantadores de Histórias" e aquilo pra mim foi uma aprendizagem: ela não deixou de ser atriz ao assumir a produção da Cia Caixa de Elefante naquela peça, ela apenas passou a exercer duas funções com o mesmo brilho e competência com que atuava.

O tempo do ator é o tempo da verdade, o tempo da planta, você não faz uma árvore em 15 dias, o processo leva etapas. Você precisa construir a verdade, se apropriar de uma técnica, aprende aos poucos a se comunicar com o público. O tempo do ator é o tempo do empirismo, de todas as sensações ao mesmo tempo, o tempo do agora, nem antes nem depois.

Por outro lado, o tempo do produtor é sempre o amanhã: o próximo projeto, o próximo edital, o próximo material a enviar, o próximo contato a fazer. Às vezes, esse tempo se transforma em 05 minutos. 05 minutos para terminar tal projeto, ler tal edital, enviar material, etc. Se está quase sempre na corda bamba, se vai atrás de autorizações, se autentica declaração em cartório. É tanta coisa que não dá nem para acreditar! Por outro lado, o artista geralmente só trabalha quando o produtor chama. E o produtor não para de trabalhar nunca, está sempre “inventando” e “reinventado” seu trabalho. O ator também, mas a questão é que se não tiver a iniciativa, a busca, o “cavoucar” do produtor, nem sempre as coisas acontecem.

Foi isso que me levou a tentar trabalhar também com produção. Meu desafio agora é não “surtar” com o Alvará que demora, é entender que o Banco vai demorar a abrir a conta e que a internet pode falhar com os documentos em arquivo zip. Às vezes é acreditar que toda essa burocracia é para a cena. Porque a cena é mais importante, ela é o milagre, é por ela que estou fazendo isso tudo.

Espero ter força, sorte, disciplina e crescimento para lidar com isso, aprender a respirar dentro dessa situação. Pois quero seguir trabalhando como atriz com outras companhias e manter minhas produções.

Escrevi esse texto quando comecei a sentir a necessidade de me organizar melhor enquanto atriz e produtora.
                                                                            Elisa Lucas
 Porto Alegre, 7 de maio de 2010.